segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Colaborações

Agora, menciono um trabalho, que minha sobrinha Maria Lucia (78.32), trouxe de Recife, por organização da firma Dimarco Representações, de Marcos Góis, Caixa Postal 4083, CEP 51.02, com selo timbrado.

É um belo trabalho sobre a origem dos Sousas. Dos que eu já havia tido conhecimento, entendi e considerei um dos melhores e o que bastante minúcia apresentava.

Desse documento, julguei ser indispensável destacar a sua parte inicial:

“SOUSAS:- Família das mais antigas e ilustres de Portugal, que teve origem nos Reis Godos, como deduz os genealogistas em gerações seguidas, até o primeiro apelido De Dom Gomes de Echines”, cavaleiro dos princípios do Século XI, governador da comarca de Entre Douro Minho, Senhor de Filgueiras, junto a Pombeiro, lugar que comprou de Paulo Muniz no ano de 1040, do Couto de Dorneles, das honras de Novelas e Louredo, fundador do Mosteiro de Pombeiros, onde jaz, nasceram vários filhos, havidos com sua mulher Dona Controde Muniz, a qual era viúva e filha de Dom Múnio Fernandes de Touro, filho do Rei de Castela, Dom Fernandes, “O Magno”, e de sua mulher Dona Ximena.

Entre os filhos, o sucessor foi Dom Egas Gomes de Sousa (nascido em 1035), o primeiro que trouxe esse apelido, tomado da terra do mesmo nome, Sousa. Foi o Senhor da Terra de Sousa

Entretanto, não fui bem sucedido com uma tentativa feita, por carta, e, na qual focalizei um ponto conflitante, na opinião de meu irmão Oswaldo, dúvida por leitura do que constava num livro. A “tia” Maria Jerônima seria, a seu ver, a focalizada.

A carta foi feita, tendo em vista a informação da excelente memória da prima Eulina (1.1) pela prima Marina (9.9), lá no Rio Grande, filha da tia Manoela (9) ,quando trocávamos, por telefone, notícias sobre os nossos familiares.

Por ter sido a última detentora de um sabre paraguaio, que não deixa de ser a representação de um troféu, conquistado com uma grande “mui grande” valentia.

Foi conseguido, depois de uma luta, corpo a corpo, das mãos de um tenente paraguaio. E, segundo a memória da família Sousa, com muita garra, quando um tenente paraguaio, com sua patrulha, veio confiscar o gado; que naquela hora, era sua única fortuna, embora estivesse muito bem escondida, era o que restava na fazenda da “tia” Maria Jerônima, lá no Rio Grande do Sul.

Resta esclarecer que o termo usado, na ocasião, foi que os paraguaios “saíram às carreiras”. E que, um soldado foi ferido, e o tenente em tom bem alto bradou:- “Que era muito desonroso matar uma mulher valente”.

Esse sabre paraguaio, o meu pai (7) recebeu de presente (pelo Correio), da irmã tia Emma (1) já idosa e doente. E também, o que foi enviado, dentro de uma caixa que continha folhas de papel fino, com anotações ilegíveis. Era uma faixa colorida, (certamente usada pelo tenente paraguaio, quando Ajudante de Ordens), e um quepe (na forma de boné). Tudo, como troféu, meu pai (7) entregou ao meu irmão Oswaldo (78.5). ( por ele ser militar).

O que foi recebido, foi enviado em péssimo acondicionamento, tal como era guardado, e certamente, conservado, lá o Rio Grande do Sul.  Lembro-me bem desse fato. (eu e Oswaldo (78.5) abrimos o embrulho).

Até hoje não sei qual o motivo de não ter recebido resposta de minha carta, datada em 8 de junho de 1988 à prezada prima Eulina (1.1), na qual continha:- ” Tomo a liberdade de enviar um envelope devidamente preenchido para facilitar  a remessa da resposta “.

O mesmo sabre paraguaio, sempre se encontrava pendurado na parede da sala do apartamento do meu irmão Oswaldo de Souza (78.5), em Niterói. Tenho uma fotografia desse fato. Como curiosidade, em sua lâmina esta gravado:- “Non me saques sin razon, non me embanhes sin honor”.

Ele foi colocado em lugar de destaque, ao lado de um quadro que contem todas as medalhas, as quais o Coronel Oswaldo (78.5), como sempre foi chamado, fez jus durante sua brilhante carreira de oficial do Exército Brasileiro; inclusive às relacionadas com a Segunda Guerra Mundial, como Tenente da FEB (Força Expedicionária Brasileira), atuando na Itália, com muita bravura. Em luta corpo a corpo, foi ferido á baioneta, quando estava em cima de uma casamata alemã.  Foi citado em um dos capítulos do livro Crônicas de Guerra do Coronel Olívio Uzeda (páginas 146 a 151-Biblioteca do Exército-1952), como:- “bravo e decidido tenente Oswaldo de Souza.” Seu nome está grifado com Z erro na feitura da certidão, como já disse, desde 30.06.1920, data de seu  nascimento, e não corrigido até 31.08.2002,  data do seu falecimento.

Um outro trabalho, e que me foi trazido por um bom amigo e vizinho, servidor da Casa da Moeda, que já é falecido. É, provavelmente, o melhor dos seis livros que ele me emprestou, é o que consta da capa “Casa da Moeda- Ano VI -N. 31 a 36 – janeiro a dezembro – 1952”. O autor chama-se Severino de Novais e Silva e ali pode ser lido:- “são informações que, em geral, não são encontradas em livros didáticos, muito especialmente as que mais de perto interessam ao espírito e finalidade desta seção da Revista, isto é a Heráldica”.

Assim, entre outros, ele destaca em Martim Affonso de Sousa:- “Primeiro Colonizado e Donatário do Brasil, como nobre, como capitão-mor e governador das terras do Brasil, como descendente dos Sousas”; cita ainda qual a tríplice missão recebida de D. João, III, 15° rei de Portugal, quando designado para o Brasil, quando veio, ele Martin Afonso de Sousa, com sua armada, partindo do Tejo, no dia 3 de dezembro de 1530:-
1ª) escorraçar os corsários franceses ,
2ª) descobrir terras e fazer a exploração de rios dentre estes, se possível o da Prata, e
3ª) estabelecer núcleos de povoamento europeu.

Com tantas particularidades, fizeram com que, parte desse trabalho, fosse considerada para ser incluída nessa minha narração dos fatos.  E, não é demais recordar que naquela época a viagem de Portugal ao Brasil (Pernambuco) era de setenta e seis dias, no mínimo.

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